O que é o BTC?
Sigla para Banco de Títulos CBLC, o BTC também é conhecido simplesmente como empréstimo de ativos. Essa é uma operação onde um investidor empresta um ativo para outro, que tem a intenção de utilizá-lo para realizar operações vendidas.
O empréstimo consiste em contratos registrados voluntariamente pelas partes envolvidas a uma taxa prefixada na data da operação, que é paga pelo investidor tomador, em um determinado vencimento.
Como ele funciona?
O empréstimo de ativos na B3, a bolsa brasileira, tem algumas características que você precisa considerar. Quando falamos em BTC, também é possível chamá-lo de aluguel de Ações e outros ativos.
Durante o prazo do contrato, o investidor que pega o ativo tem direito de utilizar o papel em suas operações. Geralmente, o processo é feita na venda a descoberto ou short selling. Ela se baseia na expectativa do tomador de que ocorrerá uma queda nos preços.
No dia seguinte (D+1) do vencimento deste contrato, quem toma o empréstimo paga a taxa que foi acordada, acrescido dos tributos cobrados pela B3. É importante ressaltar que nessa operação não há custo para o cliente doador dos ativos.
Empréstimos de ativos na renda variável?
Agora que você já sabe como funciona o aluguel de Ações (e de outros ativos), é o momento de entender para que serve o processo. Ele acontece quando um especulador deseja realizar o que é conhecido como venda a descoberto.
Ou seja, busca lucros diante da expectativa de desvalorização do ativo em determinado período. Então, o investidor/especulador realiza a venda dos ativos em um momento de valorização e faz a compra posteriormente para devolver o aluguel.
Se a queda esperada realmente se concretizar, alugar Ações ou outros ativos dá origem a uma consolidação de lucros. Do contrário, ocorre o prejuízo para quem realiza esse tipo de operação.
O BTC da B3 também pode ser utilizado em uma operação conhecida como Long & Short. Nela, há uma ponta comprada em um ativo e uma ponta vendida em outro. Assim, a segunda parte da negociação se dá com a venda a descoberto.
Menos frequentemente, o aluguel de Ações e ativos também serve para que o investidor ou especulador alavanque suas operações. No caso, ele pode até oferecer esses ativos como margem de garantia para outras operações.
De qualquer forma, ao final do processo, o especulador que alugou os papéis tem como responsabilidade devolvê-los ao investidor que realizou a locação.
Quem são os agentes envolvidos?
Para que seja possível alugar Ações e outros ativos, é necessária atuação de dois agentes principais: o cliente doador e o cliente tomador.
O doador, apesar do nome, não cede definitiva ou completamente os direitos sobre seus ativos. Na verdade, apenas realiza a locação deles, com características bem definidas de pagamento e vigência. Esse é o investidor que adquiriu os ativos e que conta com eles em sua carteira.
Já o tomador corresponde a quem solicita o empréstimo de ativos na B3. Portanto, é o agente que realiza a venda a descoberto e, depois, deve retornar com os ativos para o doador. Geralmente, trata-se de um especulador.
Quem são os agentes envolvidos?
Outra característica importante do empréstimo de ativos na bolsa é a sua forma de remuneração. Pode-se dizer que quem fica responsável por essa parte é o próprio doador, que estabelece o quanto deseja receber.
Isso costuma ocorrer pela definição de uma taxa prefixada, incidente sobre todo o volume da operação. Além do mais, é comum que a cotação do ativo seja dada, de maneira fixa, no contrato. Então, ainda que haja queda ou aumento nos preços, o preço do aluguel a ser pago se mantém.
Contudo, convém notar que esses aluguéis podem sofrer a incidência de Imposto de Renda, dependendo do período observado. Sendo assim, é preciso ter atenção quanto à necessidade de recolher impostos.
Qual é o prazo mínimo para o aluguel de Ações e ativos?
O doador não é responsável por definir apenas a remuneração, pois ele também deve estabelecer por quanto tempo o aluguel dos ativos pode ser mantido. Na prática, o período varia com os interesses de cada investidor.
É frequente que sejam selecionados prazos como 6 meses ou 1 ano, mas cabe ao doador definir o que faz mais sentido para a sua realidade.
O BTC na bolsa não tem exigências quanto a prazos mínimos ou máximos. Então, existe um nível maior de liberdade para definir os prazos em questão.
Quais são as garantias dadas ao doador?
Em termos de segurança, o doador não se arrisca tanto porque todas as condições são mediadas pela B3. Logo, o tomador é obrigado a cumprir as regras desse contrato, o que inclui a garantia de devolução dos ativos alugados.
Para aumentar o nível de proteção, a própria bolsa de valores exige a oferta da chamada margem de garantia. Ela pode ser dada em dinheiro ou em outros ativos, como Ações e títulos. A margem corresponde a uma parte do valor de locação dos ativos.
Caso o tomador não cumpra com a sua parte, o doador pode executar a garantia conforme o previsto. Além disso, caso o tomador não consiga devolver os ativos por qualquer motivo que seja, ele fica obrigado a realizar o pagamento em dinheiro.
Quais são as vantagens do empréstimo de ativos?
O BTC ou empréstimo de ativos oferece vantagens tanto para o tomador quanto para o doador. Veja como os dois agentes podem se beneficiar dessa modalidade!
Para o doadorUm dos aspectos positivos do empréstimo de Ações é que o investidor em longo prazo tem a chance de rentabilizar sua carteira de maneira complementar. Com o pagamento do aluguel, é possível obter uma nova forma de rentabilidade em relação aos ativos que já compõem seu portfólio.
Dependendo do caso, é uma maneira de obter uma espécie de renda passiva e periódica. Os valores podem complementar seus ganhos ou servir para reinvestimentos. Então, existe a chance de fortalecer o patrimônio graças a essa alternativa.
Além disso, deve-se considerar que é uma alternativa sem custos extras para quem disponibiliza os ativos e a operação tem baixo risco. Com tudo intermediado pela B3 no sistema BTC há a garantia de que os contratos serão cumpridos conforme as condições firmadas entre as partes.
Como é o doador que define todas as características principais, é uma alternativa que confere mais liberdade quanto às características. Assim, é possível definir tudo de acordo com suas necessidades e expectativas.
Para completar, o doador continua a ser o único a receber a divisão de resultados, como os dividendos. Assim, com o retorno total dos ativos para a carteira, é possível manter a possibilidade de ganhos de modo completo.
Para o tomadorO tomador, na forma de especulador ou investidor, tem a oportunidade de aproveitar novas possibilidades. Mesmo sem ter os ativos na carteira, é possível operar em determinadas condições do mercado para viabilizar lucros.
Caso sua avaliação revele uma tendência de queda, como vimos, é viável operar nesse movimento e ganhar mesmo na baixa. Para tanto, você pode fazer a venda descoberta. Saber como alugar Ações é uma forma de executar a operação mesmo sem ter os ativos na carteira.
Assim, a estratégia traz mais liberdade para operar na bolsa de valores e possibilita aproveitar oportunidades que, de outro modo, não estão disponíveis. Além disso, os ativos alugados podem ser usados na alavancagem de outras operações, o que pode aumentar o potencial de ganhos.
Dependendo da estratégia definida, da execução e das condições encontradas, o aluguel dos ativos pode levar a uma melhoria da lucratividade nas operações de renda variável. Não há garantias nesse sentido, mas o processo quando bem feito oferece possibilidades de ganhos.
Como alugar Ações?
Aproveitar as oportunidades trazidas pelo aluguel ou empréstimo de ativos não é tão difícil. Primeiramente, você precisará abrir conta em uma corretora de valores de qualidade.
A Guide tem um time preparado, uma plataforma completa e oferece essa possibilidade de atuação no mercado financeiro. Com a conta criada, quem tiver os ativos na carteira deve manifestar o desejo de ser doador.
Logo em seguida, é preciso definir as características ligadas à remuneração e ao prazo. O tomador também deve manifestar interesse e, então, recorrer à plataforma de investimentos. Após escolher os ativos para alugar, é preciso se preocupar com a margem de garantia exigida.
Note que o tomador não consegue selecionar um doador. Na verdade, pode apenas estabelecer características de interesse, como preço e prazo. O doador também não decide quem alugará seus ativos, de modo específico.
Tudo está pronto? Então, você poderá utilizar os ativos. Por exemplo, realizando a venda a descoberto, se busca aproveitar estratégia baseada na queda do mercado. No momento de vencimento, os ativos devem ser recomprados e retornados ao tomador.
Como você pode ver, o empréstimo de ativos ou BTC é uma alternativa diversificada e que oferece vantagens para os dois agentes envolvidos. A depender do seu perfil, veja se faz sentido realizar o aluguel de Ações!
Na Guide, você encontra essa alternativa com estrutura completa. Abra a sua conta e comece a aproveitar os benefícios!
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